TROPICÁLIA 50 ANOS

A Tropicália chegou aos 50 anos em 2017 mais viva do que nunca. A revolução musical, estética e comportamental desencadeada por um grupo de artistas ousados no final dos anos 60 ainda influencia com sua liberdade criadora toda produção cultural brasileira.

O Show TROPICÁLIA 50 ANOS do Grupo Nem Secos celebra o movimento em grande estilo. O ponto de partida é a Tropicália, mas fiel ao espírito tropicalista de unir linguagens e enveredar por novos caminhos, os artistas exploram todas as trilhas em que a explosão de criatividade dos anos de rebeldia deixou seus estilhaços. “É Permitido Permitir”, esse é o mote do Show.

A Tropicália

No contexto da ditadura militar, a música brasileira se dividia entre a ultranacionalista canção de protesto, o iê-iê-iê adolescente da jovem guarda e as harmonizações elitistas pós bossa nova. A revolução estética e cultural tropicalista que revirou do avesso esse cenário foi fruto da ousadia e genialidade de artistas que desafiavam esses cânones estabelecidos: o grupo dos baianos que, além de Caetano Veloso e Gilberto Gil, incluía Gal Costa e Tom Zé, os jovens roqueiros paulistas dos Mutantes (Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias), o maestro Rogério Duprat e os poetas Torquato Neto e Capinam.

No disco manifesto do movimento, “Tropicália” ou “Panis et Circencis” aparecem todos os elementos que marcaram essa quebra de paradigmas: o resgate da tradição popular brasileira tida como brega, a fusão da MPB com as experimentações sonoras do rock psicodélico e arranjos orquestrais de vanguarda e letras multifacetadas que traziam imagens da cultura de massas na recriação alegórica de um País com valores e ideologias em choque.

O ano de 1968, marcado por conflitos e protestos libertários em todo o mundo, terminou no Brasil com a promulgação do AI-5, cassando os direitos individuais. Entre os presos e exilados no período estavam Gil e Caetano. O silêncio forçado que se seguiu desarticulou a Tropicália como movimento, mas a efervescência criativa e a revolução dos costumes que caracterizou a explosão tropicalista deixou marcas perenes, influenciando de forma decisiva toda produção cultural brasileira posterior.

 Ficha Técnica

VÍDEO

Direção, edição de vídeo, fotografia e finalização: Flávio Charchar

Câmeras: Pâmela Vieira, Danilo Candombe, Pablo Bernardo e Fernando Prates

Edição de Áudio: Luã Linhares

GRUPO NEM SECOS

Luã Linhares: Teclado e Voz

Leonardo Clementine: Guitarra e Voz

Carolina Claret: Voz

Carlos Linhares: Baixo e Voz

Pablo Campos: Bateria

Alexandre Mestiço: Voz

Leandro Said: Sax, Gaita e Flauta

Daniel Guedes: Percussão (Participação Especial)

ARTISTAS CONVIDADOS

Deh Mussulini, Dolly Piercing, Guilherme Ventura, Maíra Baldaia, Mayra Morais, Michelle Oliveira, Nobat, Robert Frank, Roger Deff, Sérgio Pererê

EQUIPE TÉCNICA

Produção: Bordô Produções (Talita Cordeiro)

Som: Cahue Teixeira

Iluminação: Flávia Mafra Video

Mapping: Serena VideoArt

Assistente de Palco: André Lanari

Cenografia: Amanda Lopes e alunos do Colégio Loyola

Figurinos: Marta Rodrigues, Telma Rodrigues, Pablo Cardoso

Assistentes: Pedro Vinicius Pereira, Kim Gomes, Tuiã Linhares

Fotos: Nelson Simões, Flávio Charchar

Assessoria de Imprensa: Aclive Comunicação

Apoio: Miika Nacional, Procuradoria de Registros, 80 Bar Exposição Tropicália 50 Anos (foyer) - Amanda Lopes e alunos do Colégio Loyola